As duas coisas que você precisa saber e que não vieram com o manual do seu smartphone | Marcelo Canal

As duas coisas que você precisa saber e que não vieram com o manual do seu smartphone

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As duas coisas que você precisa saber e que não vieram com o manual do seu smartphone

Se você observar o funcionamento das coisas  que estão  acontecendo em nossa volta, quer seja nas casas, nas  famílias, nas salas de aula, nas organizações, nas empresas, nas instituições  e  mesmo no governo;  tudo parece ter ficado  fora de controle. Muito fora daquele controle centralizado no pai, na mãe, no chefe, no líder, no governo como era nas épocas anteriores. As informações não estão mais num único comando e sabe porque? Porque hoje como nunca, temos muita tecnologia da informação disponível. O fato é que com esta tecnologia mais poderosa, mais barata e acessível para todos, mudou o mundo. E passamos a viver  o tempo todo conectados. Por isto nossa época é chamada de A Era da Informação.  Tudo se tornou mais complexo, as informações fluem por vários e múltiplos meios e principalmente pelos smartfones. Os estudiosos dizem que está terminando a sociedade industrial e nascendo uma nova sociedade, a sociedade do conhecimento, com os indivíduos conectados em rede. Este é o período da transição e estamos aqui, exatamente no centro desta virada. O chamado ponto zero, ou o marco zero do alvorecer de uma nova era.

As pessoas  sabem de tudo que está acontecendo um pouco e ninguém sabe ao certo  onde tudo isto vai dar. Nós percebemos que junto  com a tecnologia vieram  mudanças surpreendentes, que ninguém imaginava. São tantas informações que nem sabemos ao certo o que fazer com tudo isto. E como compreender o  que está acontecendo se as  informações que fluem  por todos os lados e por diversos meios, não param de chegar. Não é só com você que está acontecendo isto. No mundo todo acontece assim. São tantas as novas informações que chegam, com uma velocidade tão rápida, está tudo tão veloz que o mundo às vezes fica incompreensível, complexo e alarmante. E mal acabamos de entender onde estamos, e tudo munda novamente.  Isto altera a cara do mundo,  a cara das famílias,  das escolas, das empresas… Isto porque os indivíduos mudaram. E o que já percebemos desta conectividade?

Que a conectividade só,  não garante a transformação das pessoas. Isto porque não é o mundo que transforma as pessoas, é o conhecimento do mundo que transformam as pessoas que transformam o mundo.

Então, como podemos nos colocar nesta onda de acontecimentos de forma a não sermos atropelados e conseguir viver bem diante dos  efeitos desta nova realidade sem termos de ficar o tempo todo, correndo atrás do atraso?

Na medida que tudo se tornou tão rápido,  tão instável  e pode mudar tanto, que as vezes parece até um caos. Esta situação Vulnerável, Incerta, Caótica e Ambígua que passamos à viver ganhou o nome de Mundo VICA.   Ou seja, o mundo Vulnerável, Incerto, Caótico e Ambíguo.  E este mundo VICA é real e não existe só no Brasil!  E, como podemos nos preparar para navegar no mundo VICA?  Com tudo isto acontecendo, qual dessas situações pesa mais para mim? A Vulnerabilidade ou a Incerteza? O Caos ou a ambiguidade? Qual é a mais importante?

A primeira coisa é reconhecer no que isto que está acontecendo mexe com você? Saber entender os sinais antes de ter que correr atras do efeito. Sabe aquela história que a natureza dá os sinais bem antes do surgimento de um Tsunami? O mar se recolhe, os animais sinalizam e quem está ligado aos sinais,  consegue se proteger indo para uma situação segura. A mais importante é aquela que  atinge a sua identidade. E, quais são os passo que deve seguir para entender os sinais do que vai acontecer e como se preparar para o que vem aí e não ser pego de surpresa?

1. É preciso  buscar a simplicidade para se lidar com tudo que parece tão complexo.

2. Ter praticidade na aplicação das ideias para se ter  economia de tempo e dinheiro,

3. Ter agilidade e  leveza para conseguir navegar na incerteza e aproveitar até uma leve brisa.

4. E ter  consistência para  enfrentar mares revoltos.

Se antes a empresa, a família, a escola e as instituições em geral,  funcionavam como o centro das informações que praticamente planejavam toda a nossa vida, hoje,  é você quem tem que cuidar de você mesmo. Se antes para se ter acesso à tecnologia se dependia da empresa porque tudo era muito caro, hoje o smartfones dos funcionários das empresas são por vezes mais modernos que os corporativos oferecidos pela empresa. As pessoas precisam estar atentas, interativas, trocando ideias,  sugerindo novas soluções.

A boa notícia é que nós somos sistemas vivos e mutantes. Nós funcionamos organicamente como  sistemas interligados, somos um conjunto de elementos que trabalham de forma interdependentes com um propósito comum. Todos vamos ter que aprender a viver em cooperação para viver neste mundo mais veloz , mais fragmentado em que cada um tem uma parte da realidade . Por isto se eu quiser superar todas estas angústias do isolamento eu vou precisar aprender a  cooperação porque é esse o modelo que passa a funcionar no mundo VICA.

Como o nosso corpo, que é um conjunto de sistemas que trabalham em conjunto para nos dar vida. E o mais importante é o fato de trabalharem de forma interdependente. Veja o  Sistema ósseo, sistema muscular, sistema digestivo, todos trabalham de forma interdependentes um dando suporte ao outro. Se um órgão se declara independente o corpo entra em colapso. Ou mesmo se um simples elemento se isola do todo, ele morre ou põe o organismo todo em risco.

Navegar é preciso,

Então se você quer participar e ter sucesso neste mundo VICA,  você precisa aprender a  funcionar como um sistema vivo e aberto, interconectado. Precisa aprender a navegar mesmo quando não tem todas as informações seguras e fechadas.  Pois o desafio hoje não é mais aprender a lidar com aquilo que é estável, que não muda, que é  sempre igual e comum. O desafio é  aprender a ( lidar ) navegar  com aquilo que justamente é veloz, incerto, caótico e ambíguo. Para isto eu precisamos ser ágil, confiante, prevenido e flexível! Sem isto eu não tenho visão e nem direção para seguir.

A segunda coisa que estamos tendo que aprender com tudo isto é que: Quanto mais tecnologia você tiver, maior a necessidade de você fazer contato com as pessoas.

Essa orientação já havia sido preconizada  para o nosso momento por um grande pensador, há mais de 20 anos, John Naisbitt, num trabalho chamado  Megatrends. Veja um exemplo prático do que geralmente acontece quando você decide trocar de celular.  Eu estava precisando adquirir um smartfone  com mais recursos porque eu precisava ter mais agilidade e memória porque eu passei a ficar muito mais em contato com a internet. Mas eu não sei usar todos os aplicativos que vieram no meu pacote! O que fazer?Procurar jovens que pelo fato de já terem nascido com esta tecnologia multimídia disponível tem muita naturalidade para operar esses aplicativos. Esses jovens são chamados por isso de geração Multimídia  ou simplesmente geração M.  E foi isto que me habilitou rapidamente . A inovação começa na outra ponta da rede e num instante  passa a contaminar todas as outras gerações que estão apreendendo a se conectar. Quem diria há 20 anos atrás que os jovens seriam os mentores dos sêniors?

Aprender a progredir sem um grande líder ou através de um professor que seja o detentor de todo o conhecimento, isto também é coisa nova. Aprender por si mesmo, formando o conhecimento,  juntando pedaços da informação que te chega fragmentada. Isto é uma nova forma de aprender. Juntar-se à  cada um, que tem um outo pedaço da história; então eu me relaciono mais com as outras porque cada uma é parte da história. Um Jovem que tem essa facilidade, se junta à uma pessoa mais velha para lhe ensinar como usar um aplicativo para fazer parte do grupo de  bate papo e passa a não se sentir mais isolada fora da onda.

Tudo isto não está na tecnologia, está na atitude social de fazer mais contato para aprender a usar a tecnologia. Isto é chamado de organização social do conhecimento.

O caminho de conquistas individuais e de grandes líderes, ficou para trás. Isto foi o que nos fez para chegar até aqui mas, não funciona mais. Se nos tornamos uma sociedade interconectada é porque vários centros de conhecimento compartilharam as suas conquistas para se criar uma nova solução integrada. Não existe hoje um inventor único,  um único descobridor,  como foi no passado. Como foi que de etapa em etapa você foi aprendendo e conseguindo chegar onde você está agora?Não há falta de heróis o que mudou é que a criação mudou de um único fluxo, para a rede da organização social do conhecimento. Então,  está mais fácil, depende de você. Seja você mesmo essa mudança que você espera que aconteça. Tudo parte de você entender que precisamos traçar um novo caminho,  diferente do que já foi feito  até agora.

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Marcelo H. Canal

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